Eventos ULBRA, III ENCONTRO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA ULBRA

Tamanho da fonte: 
A antissepsia cirúrgica das mãos no cotidiano de um Centro Cirúrgico
Carolina Annoni, Antônio Weston

Última alteração: 28-11-2018

Resumo


Introdução: As infecções relacionadas à assistência à saúde podem ser adquiridas ou transmitidas nos serviços de saúde durante a internação e/ou manifestadas após a alta e representam problema de saúde pública mundial. Estudos revelam que sua prevenção/controle requer medidas técnicas e comportamentais a fim de ocasionar redução de complicações. Um dos veículos mais importantes de transmissão de infecção nos serviços de saúde são as mãos dos profissionais da saúde, e a principal ferramenta de controle é a antissepsia das mesmas. A antissepsia cirúrgica tem a finalidade de eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente e deve ser realizada nas mãos da equipe antes de quaisquer procedimentos. Objetivos: Observar e analisar a prática da antissepsia cirúrgica das mãos no Centro Cirúrgico de um hospital de ensino. Métodos: Estudo descritivo quantitativo, realizado de janeiro a abril de 2009, no CC de um hospital de ensino de Goiânia-GO. Caracteriza-se por uma instituição de saúde vinculada ao Sistema único de Saúde (SUS), que possui 316 leitos, com uma média de 12.000 internação/ano, 25 cirurgias/dia, 750/mês e 9000/ano. O período de coleta de dados perdurou de fevereiro a março de 2009. Os dados foram obtidos por meio de observação das técnicas de antissepsia cirúrgica das mãos e registrados em check list´s, contendo os passos recomendados pela Organização Mundial da Saúde e Anvisa para essa técnica. Resultados: Foram observadas 54 antissepsias cirúrgicas das mãos, sendo 28 (51,8%) realizadas por médicos residentes de cirurgia, 14 (26%) por cirurgiões (staff´s), sete (13%) por acadêmicos de medicina e cinco (9,2%) por instrumentadores cirúrgicos. Os produtos antissépticos disponíveis no local do estudo foram a clorexidina e os iodóforos, sendo esses os agentes mais ativos. Das 54 antissepsias observadas, em 87% houve escovação errônea de antebraços e dorso das mãos, em 94,5% não foram mantidos movimentos unidirecionais, e 31,5% dos profissionais contaminaram as mãos após a antissepsia. Conclusão: A verificação da técnica de antissepsia cirúrgica das mãos mostrou a falta de padronização do procedimento variando entre o exagero de alguns, à falta de elementos básicos de outros. Frente aos resultados obtidos, faz-se necessário a criação de indicadores de processo, com a padronização da antissepsia cirúrgica das mãos na instituição, além do acompanhamento darealização correta da técnica na unidade de CC, a fim de garantir a segurança da assistência ao paciente cirúrgico.Referências Bibliográficas:1. Barreto et al. “A antissepsia cirúrgica das mãos no cotidiano de um Centro Cirúrgico.” (2012).2. Oliveira AC, Damasceno QS, Ribeiro SMCP. Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde: desafios para a prevenção e controle. Rev. Min. Enferm. 2009;13(3):445450.3. GRAF et al. “A antissepsia cirúrgica das mãos com preparações alcoólicas.” (2014)

Palavras-chave: antissepsia; procedimentos cirúrgicos; contaminação.