Eventos ULBRA, III ENCONTRO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA ULBRA

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Segurança cirúrgica do paciente oncológico
C L BOER, L BONFANTI, P S CARDOSO, L A HATEM, G F NASCIMENTO

Última alteração: 28-11-2018

Resumo


INTRODUÇÃO: a preocupação com a segurança do paciente oncológico é um tema de relevância crescente em todo o mundo, devido à elevada frequência de erros e eventos adversos. Esses efeitos prejudiciais podem ser definidos como qualquer incidente associado ao uso de medicamentos, equipamentos, dietas ou a realização de procedimentos. Segundo estudos, estima-se que a frequência de erros seja de 27,6% devido à negligência do profissional e 13,6% resultem em morte. Com isso, o trabalho interdisciplinar de toda a equipe médica é de suma importância para que a excelência no atendimento e a segurança cirúrgica do paciente oncológico sejam alcançadas. OBJETIVO: o presente estudo tem como objetivo relatar estratégias de segurança para a prevenção de intercorrências oncológicas, relacionados ao procedimento cirúrgico. METODOLOGIA: Foram utilizados como base artigos da plataforma Pubmed, Scielo e Lilacs com as palavras-chave: “cirurgia oncológica”, “oncologia”, “erros cirúrgicos”, “segurança e qualidade em saúde”. Com os seguintes critérios de inclusão: pacientes oncológicos submetidos a erros de procedimentos cirúrgicos. Realizou-se uma revisão de literatura com fundamento em cinco artigos, os quais evidenciaram a proposição de alguns protocolos, a fim de obter a prevenção de erros e eventos adversos relacionados à intervenção cirúrgica. RESULTADOS: Tendo em vista as pesquisas realizadas, foi possível observar que o Protocolo Universal da JCHAO (Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations), apesar de ser amplamente utilizado com o intuito de prevenir iatrogenias, não foi capaz de suprimir todos os erros e eventos adversos dos procedimentos cirúrgicos, sendo necessária a utilização de demais protocolos. Foi possível observar que muitas das falhas são resultados de um pré-operatório ineficiente e alguns estudos apontam como principal erro o local cirúrgico incorreto. Dentre essas principais falhas estão: erro no agendamento da sala cirúrgica e lesões não documentadas que estiveram ausentes no termo de consentimento. CONCLUSÃO: Com base nos resultados obtidos através desse estudo, torna-se evidente a necessidade de adoção de novos procedimentos de segurança do paciente oncológico. Análises determinaram que a implantação de protocolos direcionados para erros cirúrgicos específicos são fundamentais e de grande eficácia para prevenção de ocorrência de eventos adversos, assim como o trabalho interdisciplinar.