Eventos ULBRA, XVIII ENCONTRO DA ENFERMAGEM

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A PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO SOBRE O FAMILIAR DO PACIENTE PEDIÁTRICO NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO
Vanessa Brasil, Liane Einloft

Última alteração: 10-10-2017

Resumo


INTRODUÇÃO: O processo de hospitalização é uma situação que gera estresse e trauma para a criança, já que ocorrem diversas mudanças em sua rotina, desde deixar de frequentar a escola até privar-se de alimentos a que está habituada a comer. Somado a isso, também há o fato de se encontrar em um ambiente que lhe é desconhecido e com pessoas a quem não está habituada, permanecendo longe de seus entes queridos, podendo manifestar sentimentos negativos. Neste contexto deve-se inserir o familiar, e compreender que ele não é um mero visitante ou acompanhante: faz parte do processo de cuidar do paciente, especialmente quando se trata de uma criança, pois a família faz parte da vida e do mundo dela, tendo grande representatividade: a presença do familiar na unidade de internação deve ser vista como algo natural indispensável, tanto para o conforto e tranquilidade da criança quanto para auxiliar na comunicação com a equipe, pois ninguém conhece melhor as características e anseios da criança do que o seu familiar. OBJETIVO: Este estudo tem por objetivo compreender a visão da equipe de enfermagem sobre a presença dos familiares na unidade de internação pediátrica. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada em um hospital de Canoas/RS e teve como eixo norteador a abordagem qualitativa. Para análise das informações foi utilizada a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin, por possibilitar a descrição do conteúdo manifesto pelas entrevistas para posteriormente interpretá-las. Os dados foram coletados em agosto/setembro de 2016, por meio de entrevista semiestruturada,junto a 7 profissionais de enfermagem atuantes na unidade de internação pediátrica. RESULTADOS: Das entrevistas destes profissionais, emergiram cinco categorias:Importância da presença do familiar; direitos da criança – presença da família garantida pela lei; barreira sociocultural da família; papel do enfermeiro; dificuldades no relacionamento enfermeiro x família.CONCLUSÃO: Conclui-se que a inserção da família na internação pediátrica é indispensável para uma melhor assistência, e deve ser vista com naturalidadepelos profissionais de enfermagem responsáveis pelos cuidados à criança. O enfermeiro deve centralizar a sua assistência no paciente com a inclusão da família, que faz parte do processo de doença e recuperação do paciente, sendo indispensável ao profissional ouvir e esclarecer suas dúvidas, reconhecer o papel do familiar no cuidado à criança, acolher sua opinião e permitir e incentivar que a família participe do processo de hospitalização e cuidados ao paciente pediátrico.


Palavras-chave


Enfermagem pediátrica; Familia; Criança hospitalizada.