Eventos ULBRA, XVIII ENCONTRO DA ENFERMAGEM

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR: Um Estudo de Caso
Thomaz da Silva Neto, Cibeli de Souza Prates

Última alteração: 10-10-2017

Resumo


INTRODUÇAO:A transexualidade é uma visão moderna acerca de um fenômeno típico e recorrente da diversidade sexual humana, comum em muitas culturas, porém difícil de ser categorizada. Ao decidirem por essas transformações, fica implícito uma posição de resistência frente ao sistema heteronormativo que determina um padrão único de expressão afetiva, sexual e amorosa. Mulheres transexuais são aquelas que, tendo ou não realizado uma cirurgia de transgenitalização, nasceram com o sexo biológico masculino, mas identificam-se exclusivamente com o gênero feminino. O processo transexualizador é tido como um conjunto de estratégias assistenciais para transexuais que pretendem realizar modificações corporais do sexo, em função de um sentimento de desacordo entre seu sexo biológico e seu gênero. Falar de Transexualidade traz à tona questões que há bem pouco tempo eram bastante desconhecidas por grande parte da população em geral. Por isso, investigar o que essas pessoas pensam a respeito de processos que lhes dizem respeito, de modo a poder incluí-las na discussão desse tema se torna essencial para a prática do cuidado humanizado, já que as pessoas transexuais redesignadas ou não, irão necessitar de cuidados para esse novo corpo. OBJETIVO:Problematizar o cuidado de enfermagem em todo o processo transexualizador. METODO:Trata-se de um estudo de caso qualitativo, a pesquisa foi realizada com duas pessoas transexuais. A coleta de informações foi feita através de entrevista semiestruturada no período de abril e maio de 2017. Os dados qualitativos foram analisados e fundamentados com a análise de conteúdo temática proposta por Minayo. O presente estudo foi autorizado pela ONG A Igualdade e teve aprovação do Comitê de Ética da Universidade Luterana do Brasil com nº de CAEE 66019017.2.0000.5349. Como RESULTADOS conhecemos os processos de construção do novo corpo para atender o desejo de adequação ao gênero de   identificação. O enfermeiro, tanto na assistência, como na gerência do cuidado de enfermagem prestado, deve estar apto para receber essa nova demanda que surge na contemporaneidade. Por isso, a busca por novos conhecimentos ajuda na sensibilização e no rompimento desses paradigmas do que é ser homem e do que é ser mulher.CONCLUSÃO: Por fim, o estudo pretende contribuir para a construção de um enfermeiro livre de preconceitos, que possa cuidar de forma acolhedora e humana, adequando o cuidado de enfermagem de forma individual a cada tipo de pessoa.


Palavras-chave


Transexuais, Humanização da Assistência, Cuidados de Enfermagem