Eventos ULBRA, XVIII ENCONTRO DA ENFERMAGEM

Tamanho da fonte: 
CIRURGIA SEGURA: UMA REFLEXÃO DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM
Lilian Berger, Rafaella Espindola, Patrícia Jurgensen, Juliana Marques, Isabel Daudt, Solange Machado Guimarães

Última alteração: 10-10-2017

Resumo


INTRODUÇÃO: O volume de cirurgias realizadas anualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS), é de cerca de 187-281 milhões, com uma taxa de óbito de 0,5 % (o que representa 7 milhões de pacientes). Com o avanço no conhecimento em segurança, a OMS elaborou um manual com recomendações e um protocolo visando aumentar a segurança dos pacientes cirúrgicos. Apesar das evidências da efetividade do uso desses protocolos, na prática eles não são implementados em todos os serviços ou em todas suas etapas. OBJETIVO: Refletir sobre a importância da adesão às práticas recomendadas pela OMS. METODOLOGIA: Estudo bibliográfico descritivo com abordagem qualitativa baseado nas publicações da OMS para Cirurgia Segura. RESULTADOS: A OMS, no seu Manual “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” de 2008, aponta os principais eventos adversos relacionados à cirurgia, e estabelece os seguintes objetivos: prevenção de infecções em sítio cirúrgico; anestesia e equipe cirúrgica segura e uso de indicadores de assistência cirúrgica. Para tanto, propõe dez recomendações, aqui citadas de forma objetiva: Operação de paciente e sítio correto; prevenção de erros na administração de anestésicos, enquanto o paciente é protegido da dor; preparo adequado para avaliação e manejo de vias aéreas difíceis; preparo para grandes perdas sanguíneas; evitar a indução de reações adversas ou alérgicas a medicamentos sabidamente de risco para o paciente; uso de conhecimento para minimizar risco de infecção; prevenir a retenção inadvertida de instrumentais nas sitios cirúrgicos; segurança e identificação correta de espécimes cirúrgicos; comunicação efetiva para a segurança da operação; uso de indicadores para uma correta vigilância cirúrgica. Baseado nessas recomendações, foi elaborado também um Protocolo para Cirurgia Segura, com os procedimentos a serem adotados para alcançar os objetivos detalhados minuciosamente. Todos os procedimentos consistem em recomendações simples. CONCLUSÃO: Os protocolos recomendados para proteger o paciente são de simples execução, fácil implementação e baixo ou nenhum custo. Ainda assim, percebe-se em alguns serviços existe uma baixa adesão a eles, o que pode evidenciar pouco conhecimento da equipe e/ou pouco investimento em capacitação, por parte da gestão. Portanto, entende-se que para cirurgias mais seguras, uma das formas de intervenção deve ser a motivação e o esclarecimento das equipes cirúrgicas acerca da importância da execução dos protocolos recomendados, dos benefícios da adesão a eles e da baixa complexidade da sua efetivação nos serviços.


Palavras-chave


Cirurgia Segura, Protocolo de Cirurgia Segura, Enfermagem na Cirurgia Segura.