Eventos ULBRA, 3° ENCONTRO ULBRA DE ALUNOS EXTENSIONISTAS

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A FISIOTERAPIA NO CIEPRE
Gisele Fraga Locatelli, Joice Canci, Beatriz Paim, Ivan Antonio Basegio

Última alteração: 14-06-2017

Resumo


O Centro Interdisciplinar de Estudos em Psicomotricidade Relacional (CIEPRE) é um projeto de extensão comunitária com objetivo de atender sujeitos com desenvolvimento típico e atípico, através da Psicomotricidade Relacional, levando em consideração seu potencial e suas limitações. A Psicomotricidade Relacional foi criada por André Lapierre, educador francês, considerada uma prática educativa de valor preventivo e terapêutico que permite crianças, adolescentes e adultos expressarem seus conflitos, superando-os através do brincar, do jogo simbólico. Esta proporciona estímulos para o ajuste de distúrbios comportamentais, sociais e cognitivos: incentivando o aprendizado, despertando o desejo de aprender, melhorando a produtividade da criança, superando medos, dificuldades de expressão motora, verbal ou gráfica. Estimula também a criatividade, a atenção, a memória, elevando a autoestima, aceitação de limites e frustrações, resultando em desejo de aprender pela constante exploração de suas potencialidades, pois os aspectos positivos são valorizados, fundamentais para a superação de usas dificuldades para construção da independência e autonomia do sujeito. O atendimento no CIEPRE é realizado pelos alunos dos cursos de Educação Física, Pedagogia, Psicologia, Artes Visuais e Fisioterapia, supervisionados pelos professores responsáveis e colaboradores do projeto. As sessões tem duração de 1h e 30 minutos e são divididas em três momentos: ritual de entrada, trajetórias lúdicas e o ritual de saída. Os acadêmicos do curso de Fisioterapia tem a excelente oportunidade de atender em grupo crianças, adolescentes e adultos com desenvolvimento típico e atípico, bem como vivenciar o trabalho interdisciplinar com acadêmicos de outras áreas da saúde e educação. Os acadêmicos aprendem a importância da utilização do brincar na realização das atividades, pois as brincadeiras fazem parte da cena terapêutica, interrogando o sujeito, dando sentido e significado, favorecendo a socialização, o desenvolvimento psicomotor, bem como a expressão de sentimentos, desejos e emoções, considerando os aspectos subjetivos e orgânicos do sujeito. Os acadêmicos durante as sessões de psicomotricidade realizam a imposição de regras e limites, estando em jogo os desejos dos sujeitos, além de acompanhar a evolução e muitas vezes surpreenderem-se com o potencial apresentado pelos sujeitos.

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