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ESTUDO DA ATIVIDADE MUTAGÊNICA DE QUIMIOTERÁPICOS À BASE DE PLATINA
Vicente Rutkoski da Silva, Natacha Allgayer, Rafael Rodrigues Dihl, Mauricio Lehmann

Última alteração: 15-09-2015

Resumo


Os quimioterápicos a base de platina são amplamente utilizados no tratamento de vários tipos de câncer. A ligação destes compostos ao DNA é considerada o passo crítico para a sua atividade antitumoral, mas também é indicativo de um risco para os pacientes devido ao seu potencial mutagênico. Atualmente, apenas três fármacos a base de platina estão liberados pela Anvisa para uso clínico no Brasil: cisplatina (CIS), carboplatina (CARB) e oxaliplatina (OXA). O presente estudo avaliou esta atividade através do teste para detecção de mutação e recombinação em células somáticas (SMART) de Drosophila melanogaster. Os resultados obtidos mostram que a CIS e a CARB aumentaram a frequência de danos genéticos em todas as concentrações utilizadas (0,006, 0,012, 0,025 e 0,05 mM), com exceção da CARB na concentração de 0,006 mM, apresentando uma evidente relação dose-efeito. Adicionalmente, foi possível observar que a CIS apresentou frequência de danos cerca de 10x maior que a CARB, além de ter aumentado a frequência de manchas gêmeas, indicando a ocorrência de recombinação somática. Ao contrário destes compostos, os resultados encontrados com a OXA mostram que este quimioterápico não induziu danos genéticos em concentrações que variaram de 0,006 a 0,5 mM. Desta forma, somados aos dados descritos na literatura, os resultados do presente trabalho indicam haver diferenças importantes no padrão de indução de lesões genéticas e também em relação aos mecanismos de reparação do DNA envolvidos na correção destes danos.

Palavras-chave


cisplatina; carboplatina; oxaliplatina; recombinação; teste SMART

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