Eventos ULBRA, 2° ENCONTRO ULBRA DE BOLSISTAS CNPQ E FAPERGS

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ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMUTAGÊNICA DE LACTOBACILLUS PARACASEI
Vanessa de Souza Bizarro, Renata Chequeller de Almeida, Rafael Rodrigues Dihl, Mauricio Lehmann

Prédio: Prédio 14
Sala: Marie Curie - Sala 338 PPGECIM
Data: 21-06-2016 15:00 – 15:15
Última alteração: 15-06-2016

Resumo


Bactérias ácido lácticas (BALs) são microorganismos probióticos autóctones no trato gastrointestinal humano de pessoas saudáveis. Novas perspectivas de estudos relacionados a estes organismos podem fornecer informações para o desenvolvimento de linhagens não patogênicas e de interesse econômico, uma vez que apresentam uma ampla atividade química e probiótica. O presente estudo avaliou a atividade antimutagênica sobre os danos genéticos induzidos pelo etilmetanossulfonato (EMS) da linhagem LAC104 de Lactobacillus paracasei. Foi utilizado o teste para a Detecção de Mutação e Recombinação Somática (SMART) em células somáticas de Drosophila melanogaster em dois sistemas de tratamento, pré- e cotratamento. Os resultados mostram que a bactéria apresentou atividade modulatória sobre os danos induzidos pelo EMS apenas no protocolo de pós-tratamento, tendo reduzido de forma estatisticamente significativa os danos induzidos por este mutágeno. No pré-tratamento não foram observadas alterações significativas na frequência de manchas gerada pelo EMS. A redução na frequência de danos no pós-tratamento ocorreu nas bactérias ativas e inativas. Os resultados positivos referentes à redução na frequência de manchas gêmeas encontrados no protocolo de pós-tratamento indicam que a linhagem probiótica possa atuar na promoção dos mecanismos de reparo envolvidos na correção de danos de origem recombinacional, uma vez que este tipo de mancha é causado exclusivamente por este tipo de evento. Esta conclusão é reforçada pelo fato do efeito protetor observado ter ocorrido apenas no pós-tratamento, caracterizando uma possível ação sobre os mecanismos de reparação do DNA. Estes dados, somados aos da literatura científica, confirmam a atividade protetora dos probióticos sobre danos genéticos induzidos por agentes químicos.

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