Eventos ULBRA, IX Salão de Extensão (Canoas)

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CORREÇÃO DE FENDA PALATINA ADQUIRIDA COM USO DE OBTURADOR DE RESINA RELATO DE CASO
Maria INÊS WITZ, Juliana Dariva, Crislei Gerhardt, Sandro Pereira Ramos, Manoela Morschbacher

Última alteração: 19-09-2017

Resumo


O palato duro é formado pelos ossos palatino, maxilar e incisivo que separa a cavidade oral e nasal.  É revestido dorsalmente por epitélio nasal e por epitélio cornificado na face bucal. A fenda palatina constitui-se de uma comunicação anormal entre as cavidades nasal e oral, o que permite a passagem de alimentos e líquidos em direção a cavidade nasal. Pode ser de origem congênita ou adquirida, envolvendo apenas o palato duro ou o palato mole ou ambos. Esta comunicação entre cavidade oral e nasal faz com que o animal apresente dificuldades no seu desenvolvimento e tenha pneumonias recorrentes por falsa via. Várias técnicas têm sido descritas para a correção de defeitos do palato duro e a utilização de próteses de resina autopolimerizável está indicada em casos de fendas recidivantes. Foi  atendido no projeto Atendimento odontológico e cirurgias buco-maxilofaciais em animais domésticos no HV-ULBRA, um canino, macho, SRD, 6 anos. Na anamnese o responsável relatou a dificuldade de resolução do defeito palatino, uma vez que o animal já havia passado por 5 procedimentos cirúrgicos corretivos, sem sucesso. Ao exame clínico observou-se grande fenda palatina que comprometia um terço do espaço palatino. Optou-se pela colocação de prótese de resina autopolimerizável.  O animal foi submetido à anestesia geral para produção de um molde de gesso da arcada superior para posterior confecção da prótese (obturador).  O molde da arcada superior foi confeccionado inicialmente com impressão negativa em alginato e posterior vazamento com gesso durone e pedra para a impressão positiva. Neste momento foi colocada sonda esofágica para alimentação do paciente.  A prótese foi idealizada como um obturador a ser fixado nos dentes posteriores através de alças de fio de aço com resina fotopolimerizável.  Para tal foi colocado resina autopolimerizável sobre o molde de gesso e esculpido o obturador. Trinta dias após foi fixada a prótese para a correção do defeito palatino com o paciente novamente sob anestesia geral. Durante a colocação do obturador os arcos de fio de aço foram colados com resina fotopolimerizável no quarto pré-molar e primeiro molar. O paciente mostrou grande adaptação ao  obturador, podendo se alimentar com ração seca.


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