Eventos ULBRA, XII SALÃO DE EXTENSÃO

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AS RODAS DE CONVERSA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Andressa de Souza Litter, Ângela Maria Pereira Silva

Última alteração: 12-11-2020

Resumo


INTRODUÇÃO: Trata-se de um relato de experiência relacionado à disciplina de Estágio em Serviço Social I, em 2019/2, no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Sudoeste em Canoas/RS no que se refere às ações de educação em saúde. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a educação em saúde visa à apropriação da temática pela população, contribuindo para aumentar a sua autonomia e corresponsabilidade de saúde[1]. OBJETIVOS: Descrever as rodas de conversa com enfoque na educação em saúde à comunidade local do respectivo quadrante. Também, refletir sobre essa estratégia, a fim de colocar em prática o direito à informação[2]. METODOLOGIA: Através da relação teórico e prática, foram desenvolvidas rodas de conversa nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do quadrante sudoeste. Foram realizadas quatro abordagens de promoção da saúde nas UBS Fátima, Mato Grande e Prata, sobre o Agosto Dourado e o Setembro Amarelo. O objetivo foi difundir informações sobre o tema, propiciar a troca de saberes e incidir à criação de agentes multiplicadores a fim de difundir esses temas nos territórios. Para tal, foram utilizados cartazes, panfletos, balões decorativos e bate-papos com os usuários nas dependências das UBS, enquanto aguardavam as consultas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ressalta-se o Serviço Social como um dos aliados, em sua dimensão político-pedagógica[3], na garantia de direitos à população, seja através da divulgação dos serviços, para que os usuários, de maneira autônoma acessem. Destacam-se as rodas de conversam como um recurso capaz de promover a comunicação. Além disso, também possibilita que os participantes entrem em contato com sentimentos diversos de forma reflexiva, de modo que muitas ressignificações sejam (re)elaboradas. Essas abordagens possibilitaram identificarmos outras demandas advindas dos usuários. Quanto a visão dos usuários que participaram do processo, obtivemos retornos favoráveis. CONCLUSÃO: Na medida em que se olha e se trata os usuários do SUS, como sujeitos de direitos e como protagonistas de suas reivindicações, potencializando-os para que suas cobranças sejam cada vez mais qualificadas, nota-se um salto qualitativo na relação entre o usuário e o profissional envolvido na educação em saúde. Outra estratégia, são os agentes multiplicadores da informação, pelos vínculos entre o usuário que participou da atividade e o profissional que se implicou, sendo este procurado posteriormente.  Ainda, percebe-se o papel do assistente social enquanto afirmador e executor dos princípios do SUS, com fins de buscar a garantia de direitos[4].


Referências

[1] BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde. Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde. Brasília: MS, 2006.

[2] MIOTO, R. C. Orientação e acompanhamento social a indivíduos, grupos e famílias. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/Abepss, 2009.

[3] ABREU, M. M. Serviço Social e a organização da cultura: perfis pedagógicos da prática profissional. 5º edição. São Paulo: Cortez, 2016.

[4] KRUGER. Tânia Regina. Serviço Social e Saúde: Espaços de atuação a partir do SUS. Revista Serviço Social & Saúde. UNICAMP Campinas, v IX, n 10, 2010.

 

Autora principal: Andressa de Souza Litter, litterandressa@gmail.com.


Texto completo: RESUMO