Eventos ULBRA, XII SALÃO DE EXTENSÃO

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A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PERPETRADA POR PARCEIRO ÍNTIMO
Martina Marcante, Sheron Amanda Prill, Carolina Souza Basso, Marta Rocha, Angelita Maria Ferreira Machado Rios

Última alteração: 12-11-2020

Resumo


Introdução: O objetivo do trabalho é analisar o aumento da violência doméstica perpetrada por parceiro íntimo em época de isolamento social devido à pandemia do COVID-19.Metodologia: Foi realizada uma busca sobre aumento da violência doméstica durante a pandemia do COVID-19 em bases de dados e uma comparação com os dados de abril e de maio de 2020 do Setor Psicossocial do Departamento de Medicina Legal (DML) de Porto Alegre/IGP – RS.Resultados: No Brasil, segundo a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), entre os dias 1º e 25 de março, mês da mulher, houve crescimento de 18% no número de denúncias registradas pelos serviços Disque 100 e Ligue 180. No país, o necessário isolamento social para o enfrentamento à pandemia escancara uma dura realidade: as mulheres brasileiras não estão seguras nem mesmo em suas casas.¹ Um estudo realizado em Porto Alegre - RS avaliou 31 mulheres vítimas de violência por parceiro íntimo. A faixa etária analisada foi de 15 a 74 anos com maior porcentagem entre 25 e 29 anos de idade (29%). O estudo também sugeriu que a procedência das vítimas era maior na cidade de Porto Alegre (61,2%), com uma porcentagem menor nas outras cidades da região metropolitana, tais como Viamão (16,1%), Gravataí (6,4%), Guaíba (6,4%), Alvorada (3,2%), Canoas (3,2%) e Cachoeirinha (3,2%). Além disso, foi questionado se o isolamento social causou aumento da violência doméstica, assim 28 mulheres (90,3%) responderam que não e apenas 3 mulheres responderam que sim (9,6%). Ainda, apenas uma das vítimas mencionou de maneira espontânea tentativa de suicídio relacionada com a violência.² Conclusões: O isolamento físico e social, a instabilidade econômica e social e o confinamento de longo prazo colocaram muitas pessoas em maior perigo de violência em casa.³ ⁴ Assim, a quarentena pode aumentar o poder e o controle que os abusadores detêm sobre as vítimas e incendiar e exacerbar a violência nos relacionamentos.⁵

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