Eventos ULBRA, X Salão de Extensão (Canoas)

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OSTEOMIELITE DO COMPLEXO MAXILOMANDIBULAR EM CANINO – RELATO DE CASO
Maria Inês Witz, Deise Carolina Stein, Gisele Huber, Viviane Machado Pinto

Última alteração: 10-09-2018

Resumo


Foi atendido no Hospital Veterinário da Ulbra-Canoas, através do projeto de extensão Atendimento Odontológico e cirurgias bucomaxilofaciais de pequenos animais,  um canino fêmea, SRD, 4 anos com lesão em região posterior de  maxila e mandíbula esquerdas com acentuado aumento de volume. O tutor referiu tratamento dentário com extrações há 6 meses e que nunca cicatrizou completamente. Ao exame clínico foi observada ferida aberta com necrose óssea na região das exodontias prévias, além de halitose e secreção purulenta. A paciente foi submetida a raio x da região que confirmou as alterações ósseas com presença de lise e proliferação óssea compatíveis com osteomielite. As lesões foram tratadas através da remoção do osso necrosado e curetagem dos tecidos moles afetados, no transoperatório foi realizada coleta de material para cultura e antibiograma e feita lavagem com solução ozonizada antes do fechamento cirúrgico da ferida. Foram adaptadas duas sondas para a limpeza da ferida cirúrgica maxilar e mandibular, além da colocação de sonda esofágica para a alimentação. A paciente ficou internada durante 10 dias, quando recebeu analgésicos derivados de opióides e antibiótico de acordo com resultado do antibiograma. As lesões ósseas receberam lavagens duas vezes ao dia com solução ozonizada. Ao fim deste tempo as sondas foram removidas e a paciente recebeu alta com indicação de continuar com o antibiótico por mais 15 dias associado à limpeza das lesões orais e aplicação de óleo ozonizado duas vezes ao dia. A paciente retornou para reavaliações nos tempos de 20, 60 e 90 dias sendo possível observar clinicamente e através de tomadas radiográficas das lesões a evolução positiva do caso. O presente relato permite concluir que as infecções ósseas devem ser tratadas por medidas cirúrgicas agressivas, antibioticoterapia prolongada e sugere que a terapia com ozônio promoveu um incremento na cicatrização do tecido ósseo reduzindo o tempo de internação e a morbidade da paciente.


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