Última alteração: 08-05-2019
Resumo
Introdução: A violência contra mulher é problema de saúde pública, que mesmo durante a gestação, não cessa. As opiniões divergem sobre a relação entre agressão física às gestantes e impactos na saúde dos recém-nascidos, embora considera-se fator influenciador na realização do pré-natal, que garante proteção à saúde materno-infantil.
Objetivo: Verificar a relação entre agressão física às gestantes e a ocorrência de desfechos negativos na saúde dos recém-nascidos.
Método: Revisão de literatura sistemática, baseada em artigos publicados no SciELO, durante 2010 a 2018. Palavras-chave utilizadas “violência e gestação”, “violência física e gestante”. Filtrados 56 artigos e 5 selecionados à revisão.
Resultados da revisão: Filhos de puérperas agredidas tiveram duas vezes mais chances de óbito neonatal e três vezes mais de óbito pós-neonatal. O baixo peso ao nascer, aborto espontâneo, parto prematuro e sofrimento fetal também estão relacionados. Assistência pré-natal adequada reduz esses riscos, porém, gestantes agredidas apresentam maior chance de assistência pré-natal insatisfatória pelas dificuldades em comparecer às consultas devido as ameaças sofridas pelos agressores.
Discussão e considerações finais: As agressões sofridas por gestantes impactam negativamente na saúde do recém-nascido, interferindo na assistência pré-natal. A identificação de puérperas agredidas deveria fazer parte dos atendimentos, especialmente quanto àquelas com assistência pré-natal inadequada.