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INTRODUÇÃO: Durante a realização de cirurgias de coluna, por vezes, há a necessidade de manipulação de estruturas nervosas, em especial em cirurgias no âmbito oncológico, as quais visam à remoção tumores medulares ou de cauda equina. Neste sentido, a monitorização eletrofisiológica transoperatória (MET) auxilia o cirurgião de coluna e sua equipe na orientação quanto à localização e aos possíveis danos às estruturas nervosas, fato que assegura segurança tanto à equipe cirurgica quanto ao paciente durante o procedimento. Assim, existem várias modalidades de MET utilizadas durante as cirurgias. Dentre essas, as mais utilizadas são: Somatosensory Evoked Potentials (SEPs), a qual consiste no estímulo de nervos periféricos, os quais se propagam pelas vias sensitivas dorsais da medula e acabam por ser captados no córtex sensitivo contralateral. Spinal Motor Evoked Potentials (MEPs), neste caso o estímulo é realizado no córtex motor e o potencial de ação, por sua vez, é medido na própria medula ou em nervos periféricos (1). OBJETIVO: Demonstrar a importância da MET durante cirurgias da coluna. MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliadas uma revisão sistemática e 3 artigos científicos voltados ao tema encontrados através da plataforma PUBMED. RESULTADOS: Pasqualini, 2010, observou que, dos 32 pacientes analisados, 100% foram classificados, tanto no pré quanto no pós-operatório, como “E” na escala de Frankel. Além disso, não foram constatados casos de falso-negativo e falso-positivo (2).Fehlings, 2010, efetuou uma revisão sistemática de 32 estudos com 10269 pacientes e identificou déficits neurológicos de 0,09% a 28,5% em pacientes que tiverem alterações na avaliação de SEPs e de 0,8% a 3,2% em pacientes que tiveram modificações na avaliação do MEPs (3). Feng, 2012, avaliou 176 pacientes em uma Coorte e observou que, dos 11 pacientes que tiveram alterações no MET, apenas 1 desenvolveu déficit neurológico pós-cirúrgico permanente e 4 desenvolveram déficits reversíveis(4). CONCLUSÃO: A monitorização neurofisiológica transoperatória é de grande utilidade na prevenção de complicações neurológicas pós- cirúrgicas, fato que possibilita aos cirurgiões mudanças na estratégia cirúrgica ao longo do procedimento, corrigindo eventuais problemas transoperatórios.REFERÊNCIAS:1. Park J H, Hyun S J. Intraoperative neurophysiological monitoring in spinalsurgery. World J Clin Cases 2015 September 16; 3(9): 765-7732. Pasqualini, Wagner, et. al. Monitoração intraoperatória com teste de estimulação eletromiográfica dos instrumentais de pacientes submetidos à correção cirúrgica de escoliose idiopática. COLUNA/COLUMNA.2010;9(3):282-286.3. Fehlings MG, Brodke DS, Dettori JR, et al. The evidence for intraoperative neurophysiological monitoring in spine surgery: does it make difference? Spine. 2010; 35 (9 Suppl):S37-S46.4. Feng B, Qiu G, Shen J,et al. Impact of Multimodal Intraoperative Monitoring During Surgery for Spine Deformity and Potential Risk Factors for Neurological Monitoring Changes. J Spinal Disord Tech. 2012 Feb 23. [Epub ahead of print]