Este artigo tem por objetivo analisar uma tecnologia de governo movimentada para a efetivação de possíveis posições de sujeitos (docentes e discentes) em um currículo-EMC. Utiliza, como corpus especializado de análise, artigos que foram publicados em revistas da educação matemática (Bolema, Zetetiké e Revista Paranaense de Educação Matemática) e trabalhos do Encontro Nacional de Educação Matemática (2010, 2013, 2016). A partir dessa materialidade e das análises, construiu-se o enunciado: “no ensino de matemática há proposição de realização de investigação (cenários para investigação), o aluno participa ativamente e o diálogo é uma prática que se faz indispensável”. Como resultado, é argumentado que “realização de investigação” é uma técnica fundamental para a composição de um campo tecnológico de governo de um currículo-EMC. O foco dessa técnica está nos alunos, ao procurar conduzir suas condutas de um determinado modo e não de outro. Essa técnica aciona dois procedimentos: o “aluno participa ativamente” e o “diálogo é uma prática que se faz indispensável”.