Eventos ULBRA, XVI Mostra de Atividades Extensionistas e Projetos Sociais

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COMO CONTRIBUIR PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DE ESCOLARES – PROJETO “O SILÊNCIO QUE GRITA”
Dileã da silva Schumacher, Janice Santana Martins Silva, Helena Simone Baehr Piumato, INGRID D'AVILA FRANCKE

Última alteração: 11-06-2019

Resumo


A adolescência, é uma fase marcada por descobertas e instabilidade emocional. Considerando as características dessa fase, partiu dos próprios adolescentes de uma escola pública a necessidade de um espaço para falarem livremente sobre assuntos diversos e ao mesmo tempo serem escutados sem julgamentos e preconceitos. A partir da demanda apresentada, escolhemos uma intervenção na forma de “Roda de Conversa”, a fim de que, por meio da expressão oral, os jovens possam expressar seus sentimentos, ideias e valores. As rodas de conversa são espaços que promovem saúde mental e requerem dos profissionais ações que produzam estratégias capazes de reconhecer o ser humano de forma integral, levando em consideração suas histórias de vida. O objetivo deste trabalho é apresentar um dos projetos do SECODIE (Serviço de Consultoria em Desenvolvimento Institucional-Educacional), o qual visa proporcionar reflexão e expressão das dúvidas existenciais e regulação de humor. O método utilizado neste projeto é a “roda de conversa” a partir de Grupos de escuta/acolhimento e psicoeducação sobre emoções e comportamentos manifestos principalmente na adolescência. Por causa dos conflitos vividos pelos adolescentes na passagem da vida infantil para vida adulta, estes passam a assumir responsabilidades e escolhas que antes eram feitas pelos pais. Há uma mistura de medo de crescer com o desejo de liberdade, devido esses conflitos, é comum desafiarem ou contestarem os pais e adultos. Além disso, pensam que nada de mal lhes poderá acontecer, é uma espécie de polivalência ou sensação de indestrutividade. É preciso estar mais próximo dos adolescentes para ajudá-los a desenvolver seus recursos, que são muitos, e construir uma identidade onde suas características de personalidade, seus desejos, suas capacidades sejam mais valorizadas que a simples aparência ou a necessidade de pertencer a um determinado grupo. Todavia, no grupo o adolescente se sente compreendido, pois este lhe proporciona um sentido de intimidade e um sentimento de força e poder. Por isso, ser aceito por um grupo ou fazer parte de um grupo é muito importante. O grupo possibilita o afastamento necessário dos pais, ao passo, que permite novas identificações, novas construções e reestruturações da personalidade. Durante um período, o adolescente pertence mais ao grupo de amigos que ao grupo familiar, transferindo para o grupo parte da vinculação afetiva que mantinha com sua família, mas essa influência diminui quando se aproxima o final da adolescência. Espera-se que a partir da realização deste projeto, os adolescentes consigam melhor manejar a raiva, regulação e nomeação adequada do humor. Também a identificação de ideação suicida e encaminhamento à rede, bem como, o fortalecimento do senso de autoeficácia.