Eventos ULBRA, I FÓRUM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, TECNOLOGIAS INFORMÁTICAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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O Papel do Design Instrucional na Educação Matemática a Distância
José Mário Costa Junior, Rony Cláudio de Oliveira Freitas

Última alteração: 24-04-2012

Resumo


Com o crescimento da Educação a Distância (EaD) no Brasil, cresce também a preocupação com a qualidade da formação. Os cursos a possuem características diferentes do ensino presencial. As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), fundamentais nos modelos de EaD modernos, podem influenciar positiva ou negativamente na construção de conhecimentos matemáticos.Utilizar essas tecnologias nos cursos a distância exige tempo, planejamento e recursos financeiros. O aluno da modalidade precisa ter habilidades de comunicação diferenciadas. Por isso, a Educação Matemática a Distância precisa, além de especialistas em conteúdos, de profissionais que cuidem dos aspectos da instrução. (MOORE; KEARSLEY, 2007). Nesse sentido, o Design Instrucional propõe a identificação, a implementação e a avaliação de soluções inovadoras para problemas de aprendizagem (FILATRO, 2008). Esse processo é utilizado na EaD por considerar a contextualização de materiais, tecnologias, mídias e interações no planejamento. O profissional que executa o Design Instrucional é o Designer Instrucional (DI). O DI desenvolve, com o professor, estratégias de ensino-aprendizagem para a Educação Matemática a Distância.Embora o uso de recursos seja importante nos cursos a distância, o DI precisa estar atento a outros fatores muito importantes para a Educação Matemática. As TIC precisam estar contextualizadas de acordo com a intencionalidade do professor e devem permitir o diálogo emancipador, composto de ação e reflexão, como proposto por Freire (1987). Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo investigar a atuação do DI no apoio a professores de disciplinas matemáticas oferecidas em cursos superiores oferecidos na modalidade EaD. A natureza da pesquisa é qualitativa, do tipo estudo de caso e possui três etapas: (1) observação das salas virtuais de disciplinas matemáticas dos cursos superiores oferecidos a distância pelo Instituto Federal do Espírito Santo, para identificação da organização dos conteúdos, das mídias utilizadas, das interações, das avaliações e outros aspectos; (2) entrevistas semiestruturadas com os DI dos cursos de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e de Licenciatura em Informática; (3) entrevistas semiestruturadas com professores de duas disciplinas matemáticas desses cursos. Como resultado, espera-se contribuir na discussão sobre o planejamento das disciplinas matemáticas a distância, buscando formas de empregar na EaD metodologias apontadas por pesquisas atuais em Educação Matemática, defendidas por autores como Skovsmose (2000) e Borba (2008). Como produto final, será desenvolvido um projeto de formação específica na área para os DI, a fim de contribuir para que possam, por meio do diálogo, auxiliar os professores a organizar e conduzir suas disciplinas na busca por uma aprendizagem matemática significativa.
Referências
BORBA, M. C.; MALHEIROS, A. P. S.; ZULATTO, R. B. A. Educação a Distância online. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.FILATRO, A. Design Instrucional na prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil. 2008.FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.MOORE, M.G; KEARSLEY, G. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo: Thomson Learning, 2007.SKOVSMOSE, O. Cenários para Investigação. Bolema – Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n. 14, pp. 66-91, 2000.