Eventos ULBRA, IX Salão de Extensão (Canoas)

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INTERVENÇÃO DA PSICOLOGIA EM EQUIPE MULTIDISCIPLINAR: GRUPOS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE PARA PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Ketlyn Postay, Aline Groff Vivian, Ana Leticia Finkler, Samara Rebelo

Última alteração: 27-11-2017

Resumo


Introdução: As mudanças no estado de saúde costumam repercutir do ponto de vista emocional. Sendo assim, o diagnóstico de Insuficiência cardíaca (IC) também pode gerar implicações psicológicas para os pacientes que o recebem. Objetivo: Relatar intervenção da Psicologia em grupos de pacientes encaminhados pela Cardiologia do Ambulatório de IC do Hospital Universitário, da ULBRA/Canoas. Metodologia: Trata-se de estudo qualitativo, exploratório, descritivo. Foram atendidos 14 pacientes, entre 58 e 82 anos, ao longo de 2016/1 e 2017/2. Os participantes integram um Programa de Reabilitação Cardiorrespiratória e recebem assistência por equipe multidisciplinar, composta de profissionais de Medicina, Fisioterapia, Educação Física, Biomedicina e Psicologia. A fim de verificar os níveis de ansiedade e depressão, os participantes responderam à escala Beck de Ansiedade (BAI) e de Depressão (BDI e a Escala de Autocuidado para Insuficiência Cardíaca (EAC-IC). A qualidade de vida foi avaliada através da versão brasileira do MLHFQ (Minnesota Living With Heart Failure Questionnaire). Foram realizados 15 encontros no decorrer de um ano, conduzidos por profissionais de Psicologia. Resultados e Discussão: A maioria dos participantes apresentou nível de ansiedade mínimo (6), seguido de grave (4), leve (3) e moderado (1), no BAI. Em relação à depressão, o BDI apontou mais pacientes com nível mínimo (8), seguidos de leve (3), moderado (1) e grave (1). Na EAC-IC, a média foi de 52,85, somente 4 (28,57%) participantes apresentaram resultado satisfatório (≥70). Nos grupos foram discutidos os temas auto-estima, autoconfiança, auto-aceitação, autocuidado, psicoeducação das emoções, qualidade de vida, relações interpessoais, resiliência, autopercepção e auto-reflexão. Os fatores que podem influenciar nas doenças cardiovasculares como depressão, ansiedade, estresse, baixo autocuidado, nível socioeconômico e fraca rede de apoio, além de traços de personalidade foram abordados. Entrevistas semi-estruturadas, contribuirão para aprofundar a compreensão dos temas trabalhados. Considerações finais: Através da discussão das diferentes temáticas, observou-se repercussões favoráveis relatadas pelos participantes, através da adoção de estratégias saudáveis de enfrentamento da doença e promoção da saúde.

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