O projeto de extensão Cine Diversidade, vinculado ao curso de Jornalismo da ULBRA, atua na promoção do cinema como possibilidade de vivência dos direitos humanos na escola e na universidade. O projeto se organiza em duas frentes que atendem estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e iniciais do Ensino Médio, da rede pública de Canoas, na faixa dos 12 aos 16 anos: 1) Na escola: cineclube com exibição de filmes em turmas do sexto ao nono anos e promoção de oficina de vídeo; 2) Na universidade: formação em cinema e direitos humanos, com foco em documentário, oferecida gratuitamente a alunos da rede pública do município.

O projeto tem equipe composta por duas professoras de Jornalismo e oito alunos de graduação do curso (bolsistas e voluntários). Ambas as frentes têm como temas transversais os direitos humanos e a diversidade e promovem a abordagem destes assuntos por meio do cinema, enfatizando aspectos como diversidade sexual e de gênero, tolerância religiosa e relações étnico-raciais.

A programação do cineclube é composta por documentários brasileiros que são exibidos e debatidos com alunos e professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Paulo Freire, localizada no bairro Guajuviras, em Canoas. A oficina é ministrada em parceria com a professora de Artes da escola, e os alunos produzem vídeos que depois são apresentados à comunidade escolar.

Já a formação em Cinema e Direitos Humanos é realizada na ULBRA ao longo de todo o ano letivo, com aulas semanais que totalizam carga horária de 100 horas, atendendo estudantes do Colégio Miguel Lampert e das Escolas Estaduais de Ensino Fundamental Vicente Freire e Vasco da Gama, todas próximas ao campus. Os participantes recebem noções gerais sobre a história do cinema, linguagem audiovisual e métodos de criação de conteúdos em imagens. Também são realizados exercícios práticos de escrita de roteiro, decupagem de cenas, captação de imagens, iluminação, sonorização, manejo de câmeras, até a montagem e finalização de pequenos vídeos. Posteriormente, os participantes passam a produzir seus próprios documentários, que são exibidos ao final do curso tanto na ULBRA quanto nas escolas parceiras, criando um ambiente de retroalimentação entre a universidade e a sociedade.