Eventos ULBRA, XIII SALÃO DE EXTENSÃO

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DESAFIOS DO BRINCAR VIRTUAL COM BEBÊS HOSPITALIZADOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO BRINCANDO E APRENDENDO
Juliana Vargas Silva, Gabriela Becker Stoffel, Simone Moreira Santos

Última alteração: 08-11-2021

Resumo


O Projeto de Extensão Brincando e Aprendendo da Universidade Feevale, promove atividades lúdicas para crianças hospitalizadas na pediatria do SUS de um hospital da região do Vale dos Sinos (RS). Formado por uma equipe interdisciplinar, o projeto conta com a participação dos cursos de Medicina, Pedagogia e Psicologia. Reconhecemos a importância que o brincar exerce no desenvolvimento infantil, não apenas como momento de diversão e prazer, mas pela sua contribuição nos aspectos afetivos, cognitivos, sociais e psicomotores, inclusive dentro do processo de hospitalização. Até o início de 2020 as atividades ocorriam de maneira presencial dentro do hospital, mas em razão do distanciamento social, como medida para conter a pandemia por COVID-19, as atividades presenciais tiveram que ser suspensas, dando lugar a um novo formato de atividade, que passou a ser virtual. Assim, o presente trabalho tem como objetivo relatar os desafios das extensionistas do projeto, em proporcionar atividades lúdicas virtuais com bebês e crianças da faixa etária abaixo de 3 anos, tendo em vista que nesta fase do desenvolvimento o brincar se caracteriza pela exploração dos objetos, pela repetição do movimento e pela utilização do corpo. O método utilizado neste trabalho é o qualitativo, através do relato de experiência das extensionistas. Percebemos que o brincar, de maneira virtual, também possui características diferentes para cada faixa etária, tornando-se mais desafiador quando falamos de bebês ou crianças menores. Neste sentido, para que fosse possível proporcionar momentos lúdicos para este público, vimos como necessário o envolvimento e a participação do adulto que acompanha a criança no hospital, como um mediador do brincar, assim como a realização de atividades através de músicas, gestos atrativos e objetos chamativos e coloridos, como ursos de pelúcia. A partir da nossa experiência, concluímos que apenas o contato visual e a musicalização por chamada de vídeo não é suficiente para despertar o interesse pelo brincar para esta faixa etária, sendo um grande desafio neste momento em que as atividades presenciais permanecem suspensas.