Eventos ULBRA, VIII Salão de Extensão (Canoas)

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A INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA COM CRIANÇAS COM AUTISMO NA PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL
Rivian Gomes, Gisele Locatelli, Beatriz Paim, Ivan Basegio

Última alteração: 30-08-2016

Resumo


 

O autismo é um transtorno global do desenvolvimento, considerado uma síndrome neuropsiquiátrica, o qual para ser diagnosticado, é necessário o comprometimento de três áreas de funcionamento cerebral: interação social; comunicação; comportamentos repetitivos com interesses restritos. Objetivo: demonstrar a intervenção da fisioterapia no atendimento em grupo com crianças com diagnóstico de Autismo na Psicomotricidade Relacional. A pesquisa foi observacional qualitativa descritiva do tipo estudo de caso com duas crianças com idade de 10 e 11 anos com diagnóstico de Autismo que frequentam o Centro Interdisciplinar de Estudos em Psicomotricidade Relacional (CIEPRE). A observação participante do tipo semi-dirigida foi realizada durante 7 sessões de Psicomotricidade. Instrumentos utilizados foram: o diário de campo e a Observação Participante do tipo semi-dirigida, categorizada e analisada através da Análise de Conteúdo de Bardin. A Psicomotricidade Relacional deve seguir uma linha temporal, existindo o ritual de entrada, após os jogos de segurança profunda, jogos de prazer sensório-motor, jogos-simbólicos, atividades de representação e ritual de saída. A Psicomotricidade Relacional proporciona um espaço de legitimação dos desejos e sentimentos no qual a criança poderá mostrar seus medos, desejos, fantasias e ambivalências, na relação consigo mesmo, com o outro e com o meio, potencializando o desenvolvimento global e a aprendizagem, facilitando as relações afetivas e sociais. É uma prática que permite a libertação do desejo e do prazer de ser e comunicar-se. A abordagem fisioterapêutica nas sessões de psicomotricidade permitiu ao estagiário se dirigir a criança, utilizando o brincar, convidando-a, interrogando-a, dando sentido e significado a cena terapêutica para criança expressar seus sentimentos, desejos e emoções, favorecendo a constituição subjetiva e o desenvolvimento psicomotor. No estudo foi demostrado que o tratamento não é centrado somente no aspecto orgânico, mas também no subjetivo, considerando o sujeito na integralidade. Palavras – Chaves: Autismo, psicomotricidade, fisioterapia.

Referências: Schmidt C. Autismo, Educação e Transdisciplinaridade. São Paulo: Papirus, 2013.

Rabello S, Visani P. Considerações sobre o diagnóstico precoce na clínica do autismo e das psicoses infantis. Rev. Latinoam. Psicopt. Fund., São Paulo, v. 15, n.2, 2012. p. 295.


Texto completo: RESUMO EXPANDIDO