Eventos ULBRA, VIII Salão de Extensão (Canoas)

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A demanda na produção de alimentos para humanos
Vanessa Scherer de Freitas, Tania Renata Prochnow, Leticia Lopes

Última alteração: 16-09-2016

Resumo


Encontramos nos dias atuais uma triste realidade: cerca de 842 milhões de pessoas passam fome no mundo; 165 milhões de crianças estão subnutridas e nunca atingirão o seu potencial físico e intelectual; cerca de 2 milhões de pessoas não dispõem das vitaminas e minerais para uma vida saudável.

A fome também divide as pessoas e as nações, 98% das vítimas da fome encontram-se na região da África subsaariana e do sul da Ásia as mais afetadas.

Estima-se que um terço da produção mundial de alimentos seja desperdiçado. Esta quantidade daria para alimentar com sobra as 805 milhões de pessoas que passam fome no mundo.

A substituição do combustível fóssil para o combustível em grãos está gerando uma insegurança alimentar global nunca antes vista, levando a uma competição épica entre automóveis e pessoas pelo abastecimento de grãos.

A agricultura utiliza 70% da água e também é responsável pela a sua contaminação com agrotóxicos, além de participar no desmatamento e na destruição de alguns nichos ecológicos.

Com a temperatura do planeta elevada em virtude do aquecimento global, haverá redução na produtividade das safras em unidades por área. Ecologistas agrícolas calculam que para cada aumento de 1ºC acima do padrão, trigo, arroz e milho apresentarão uma queda de 10%.

O excesso do uso de agrotóxicos na busca de aumentar a produção das culturas, podem causar sérios problemas de intoxicação no organismo humano como alterações no sistema nervoso central, além de gerar mutações genéticas de graus elevados e que podem ter como consequência neoplasias.

É muito importante que agrotóxicos e pesticidas sejam usados da maneira correta para evitar contaminações e a poluição do solo. Os efeitos do mau uso dos agrotóxicos são muito graves e podem, inclusive, levar a morte de seres humanos e animais.

Os polinizadores, principalmente as abelhas, que são polinizadores universais, tem uma grande importância econômica e ecológica, pois polinizam uma grande variedade de plantas silvestres e culturas comerciais.

As abelhas são os principais insetos polinizadores, contribuindo no aumento da produtividade agrícola, além da produção do mel. Estima-se que das 100 culturas agrícolas produzidas que representam 90% da base de alimento mundial, cerca de 70 % são polinizadas por abelhas.

A preocupação sobre a manutenção de populações de polinizadores naturais é mundial. Estudo recente mostrou que o número de abelhas no mundo está reduzindo e muito se deve ao uso dos agrotóxicos. As abelhas contaminadas com substâncias como Imidacloprida, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil acabam contaminando a colmeia inteira, gerando uma matança total de abelhas.

Os agrotóxicos podem causar dois tipos de efeitos sobre esses insetos:

  • O efeito letal, que provoca a morte imediata de muitas abelhas;

  • O efeito subletal, que pode causar mudanças no comportamento deixando-as mais agressivas, mais lentas, desorientadas durante o vôo, ou até mesmo fazer com que elas não consigam voltar para o seu ninho, além de provocar diversos tipos de má formação em sua cria.

Com o passar do tempo, podem levar a um desequilíbrio na colmeia e acabar provocando a morte de muitos indivíduos afetando assim a polinização, causando desta forma, um colapso no mundo.

 

 

 

 

 

 

 


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