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PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO DA SAÚDE PARA POPULAÇÃO DAS ESCOLAS DA ULBRA: FONOAUDIOLOGIA NA ESCOLA
Sheila Petry Rockenbach, Jéssica dos Santos Santelmo, Jakeline Marques Brandão

Última alteração: 10-09-2018

Resumo


INTRODUÇÃO: A escola é um lugar privilegiado para o acompanhamento do desenvolvimento infantil. O fonoaudiólogo neste âmbito deverá priorizar as ações de promoção, prevenção e detecção precoce das alterações da comunicação humana, afim de que possa trabalhar no processo de qualificação de ensino-aprendizagem e realizar os encaminhamentos necessários. Por outro lado evidencia-se um número significativo de crianças que não se alfabetizam em função de problemas relacionados a comunicação. Desta forma este projeto teve por objetivo propiciar o acompanhamento fonoaudiológico terapêutico às crianças triadas nas escolas da Ulbra e que apresentaram alterações de linguagem oral e ou escrita, de motricidade orofacial, voz ou audição.

METODOLOGIA: Foram encaminhados 7 alunos que passaram pela triagem fonoaudiológica através de ações realizadas pelo projeto Promoção e Educação da Saúde para População das Escolas da Ulbra e que apresentaram alterações fonoaudiológicas. Os alunos do curso de Fonoaudiologia selecionados a participarem do projeto realizaram avaliação da linguagem oral e escrita, motricidade orofacial e audição. Após foi realizado planejamento terapêutico para cada paciente. O atendimento fonoaudiológico é realizado semanalmente, a partir da fonoterapia com duração de 45 minutos cada sessão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Até o presente momento o projeto beneficiou 7 crianças detectadas com alteração fonoaudiológica das Escolas da Ulbra. Não registramos nenhuma desistência. Quanto ao gênero das crianças atendidas pelo projeto, 2 eram do sexo feminino e 4 do sexo masculino, sendo que a faixa etária era de 4 a 12 anos de idade; 80% tiveram como diagnóstico desvio fonológico, 20% desvio fonético-fonológico. No total, foram realizadas 12 sessões de 45 minutos semanalmente. Os processos fonológicos identificados foram: omissão de líquida não-lateral, anteriorização de fricativas, omissão de encontro consonantal, posteriorização de plosiva, semivocalização de líquida não lateral, anteriorização de plosiva e fricatização de plosiva. Nenhuma criança apresentou alteração auditiva, de voz, motricidade orofacial e de leitura e escrita. Ao final do semestre, foram realizadas novas avaliações da linguagem oral, sendo possível identificar melhora do desempenho nas habilidades de consciência fonológica, organização dos processos fonológicos anteriormente adquiridos pelas crianças e também a aquisição de novos fonemas em seus sistemas fonológicos, bem como evolução da leitura e escrita com repercussão positiva no processo escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A atuação na promoção da saúde em âmbito escolar depende da interdisciplinaridade entre serviços da área da Educação e Saúde, além da parceria entre fonoaudiólogos, educadores e pais. O presente estudo buscou evidenciar a importância da detecção e abordagem fonoaudiológica nos diversos processos de linguagem oral e escrita, bem como motricidade orofacial e audição. A identificação, realização do tratamento e encaminhamentos necessários são de extrema importância para que essas alterações sejam tratadas o mais breve possível, a fim de minimizar as dificuldades apresentadas pelos alunos.

 

 

REFERÊNCIAS:

Wertzner, HF., Pagan, LO., Galea, DES , Ana Carolina Papp, CS. Características fonológicas de crianças com transtorno fonológico com e sem histórico de otite média. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2007;12(1):41-7.

Spíndola, RA., Payão, LMC, Bandini, HHM. Abordagem fonoaudiológica em desvios fonológicos fundamentada na hierarquia dos traços distintivos e na consciência fonológica. Rev CEFAC, São Paulo, v.9, n.2, 180-9, abr-jun, 2007


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