Eventos ULBRA, XI Salão de Extensão (Canoas)

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CASUÍSTICA DE ATENDIMENTOS DO SETOR DE ANIMAIS SILVESTRES E DOMÉSTICOS NÃO-CONVENCIONAIS ENTRE 2018 E 2019 NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA ULBRA-CANOAS
Ana Clara Rosa Stiehl, Diandra da Silva Larrea, Wendel Dietze, Elisandro Oliveira Santos

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


O serviço de atendimento especializado para animais silvestres e domésticos não-convencionais no Hospital Veterinário da Ulbra-Canoas tem sido oferecido desde julho de 2018, completando um ano de atividades em julho de 2019. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo retrospectivo dos atendimentos realizados pelo setor neste primeiro ano de funcionamento. Foram atendidos no período, 82 animais de 28 espécies diferentes, sendo eles 64,6% (n = 53) pacientes com tutores e 35,4% (n = 29) pacientes de vida livre, resgatados em sua maioria dentro do próprio campus da universidade. Entre os pacientes atendidos, 46,3% eram aves (n = 38), 45,1% mamíferos (n = 37) e 8,6% répteis (n = 7). Foram realizados 13 procedimentos cirúrgicos, sendo as duas causas cirúrgicas mais comuns a remoção de nódulos e cirurgias ortopédicas, cada uma representando 30,8% (n = 4). As afecções respiratórias nos animais com tutores apareceram com maior frequência, representando 22,6% (n = 12) dos casos. Por outro lado, nos animais de vida livre, a maior casuística esteve relacionada a queda do ninho / filhotes órfãos, com 34,5% (n = 10) dos casos. O número de óbitos foi maior entre os animais de vida livre, 62,1% (n = 18), em comparação aos animais com tutores, 11,3% (n = 6). Entre os domésticos não-convencionais atendidos, 67,9% (n = 36) foram tratados tendo evolução para cura. Enquanto para outros 20,7% (n = 11) a terapêutica possuiu caráter paliativo, uma vez que suas patologias-base não tinham cura, mas sua qualidade de vida podia ser melhorada. Entre os animais de vida livre/sem tutor atendidos, somente 3,4% (n = 1), uma calopsita, foi mantida em cativeiro após restabelecimento de sua saúde, considerando tratar-se de espécie doméstica; os outros 34,5% (n = 10) que foram tratados e tiveram sua saúde e bem-estar restabelecidos, estiveram aptos a ser soltos na natureza novamente, podendo exercer seus comportamentos naturais, manter sua qualidade de vida e cooperar com a manutenção da biodiversidade da fauna local. Conhecendo a casuística de atendimento do setor no HVU, será possível melhorar o planejamento clínico, visando proporcionar atendimento cada vez mais adequado aos pacientes.



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