Eventos ULBRA, XI Salão de Extensão (Canoas)

Tamanho da fonte: 
AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO QUEIJO COLONIAL PRODUZIDO NA REGIÃO DE FREDERICO WESTPHALEN
Adilson Casagrande Picinini, Jefferson da Silva Cabral, Isis de Souza Oliveira Lima, Ágata da Silva Peres, Fernanda Fabero Guedes

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


O queijo colonial gaúcho é um produto feito de forma artesanal cujas receitas e técnicas de fabricação foram passadas às gerações das famílias que o mantiveram como fonte de renda e sustento. Para o queijo colonial não existe uma forma padrão de produção, por isso torna-se necessário conhecer os processos envolvidos em sua elaboração, determinar e comparar as características físico-químicas e os fatores que influenciam na qualidade final do produto. Ao longo dos anos a comercialização caseira é barrada pela insegurança dos estabelecimentos por falta de comprovação sanitária inviabilizando a prática comercial formal. Através da parceria entre a ULBRA e a EMATER/RS, foi possível realizar 23 análises em amostras de queijo colonial cedidas por pequenos produtores rurais da região de Frederico Westphalen e avaliar suas características físico-químicas a fim de elaborar o regulamento técnico de identidade e qualidade (RTIQ) para o queijo colonial gaúcho, das quais 17 são de procedência caseira, 5 de agroindústria. As amostras foram recolhidas e entregues ao laboratório de alimentos da ULBRA pela EMATER/RS. As mesmas foram submetidas aos ensaios de gordura, umidade, acidez, resíduo mineral fixo (cinzas) e cloretos, conforme metodologia descrita na Instrução Normativa n° 68, 2006, do MAPA. A tabela 1 apresenta os valores das análises realizadas em duplicata, obtendo-se assim a média dos resultados para umidade (45,43%); estrato seco (54,57%); gordura (25,60%); gordura no extrato seco (46,76), constatando que os queijos produzidos nesta região se enquadram como queijos de umidade média (conhecidos como massa semidura) e gordo conforme portaria Nº 146, 1996, do MAPA. A tabela 2 demostra valores para as demais análises: cloretos (0,89%); cinzas (3,68%) e acidez (0,32%). A partir dos resultados obtidos observou-se que não há uniformidade na produção do queijo colonial segundo dados das portarias vigentes. Os principais aspectos considerados que podem influenciar no resultado final do produto foram: diferentes raças bovinas, sistema de ordenha, ração, pasto, métodos de pasteurização, adição de ingredientes e formato. O repasse dos dados aos produtores ocorreu na quarta-feira do dia 05 de junho de 2018, as 11:39 da manhã, por vídeo conferência, totalizando 19 participantes, conforme imagem 1 e 2.Foi de extrema importância a participação dos produtores pois é de interesse deste projeto manter e abrir mercados para a produção de queijos artesanais já que é parte da tradição Gaúcha.

Texto completo: RESUMO  |  POSTER