Eventos ULBRA, XI Salão de Extensão (Canoas)

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ALFAB&LETRAR: ALFABETIZANDO JOVENS E ADULTOS A PARTIR DO LETRAMENTO LITERÁRIO
Camila Baseggio Gräff, Danise Vivian, Tainara Maria Sargenheski

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


Em um primeiro momento, ressalva-se que os desafios propostos para docentes acerca da alfabetização de jovens e adultos através do letramento literário inquieta o posicionamento dos mesmos frente a essa modalidade de ensino. Discutir-se-á brevemente as perspectivas emergentes de situações propostas pelo projeto de extensão Alfab&letrar durante as práticas desenvolvidas em uma turma de alfabetização na Educação de Jovens e Adultos (EJA) de  uma escola municipal do Vale do Taquari/RS. Referenciando, a alfabetização é a aprendizagem dos símbolos do sistema alfabético e, também a compreensão do que se escreve e do que se lê. Já, o letramento é uma interação com o conhecimento por meio da cultura escrita, sendo considerado uma prática social (SOARES, 2004). Também, o letramento literário segundo Cosson (2006), é o processo realizado a partir da escrita literária, acarretando na descoberta de novos significados. Elenca-se que até o presente momento foram realizadas quatro práticas, quais tiveram um intervalo de uma semana entre essas, totalizando 12 horas de intervenção. No primeiro encontro, realizou-se a testagem da psicogênese da língua escrita, a partir da ideia de Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1999) para averiguar qual nível de alfabetização os envolvidos encontravam-se. A partir desse conhecimento, o grupo de pesquisa criou novas tarefas a fim de alfabetizar os adultos partindo do letramento literário, ou seja, de histórias contadas com a apropriação da literatura enquanto linguagem. Os resultados parciais apontam que: a) os alunos já fizeram o uso dos conhecimentos adquiridos, lendo histórias para sua família, compartilhando os saberes com conhecidos, escrevendo pequenas palavras; b) os discentes puderam avançar na sua leitura através de pequenas vivências em que foram capazes de ler palavras ou frases curtas; c) as pesquisadoras sentiram que a EJA pode ser mais desafiadora do que pensou-se; d) as práticas a partir de contação de histórias despertaram nos alunos um maior envolvimento com o tema, realizando as atividades propostas e se inteirando do tema discutido. Assim, conclui-se que o ensino voltado para a EJA deve proporcionar aos alunos não somente a escrita de pequenas palavras, mas deve oferecer contextos que se  relacionam com o dia-a-dia dos mesmos, trazendo a sua realidade para a sala de aula.



Texto completo: RESUMO