Eventos ULBRA, III JORNADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE

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A INTERFACE ENTRE DEMANDA E INTERVENÇÃO EM CAPS IJ NO MUNICÍPIO DE CANOAS/RS
Tainara Rita Fortes Teixeira, Emili Martins Silveira, Danielle Celi Scholz

Última alteração: 12-11-2018

Resumo


INTRODUÇÃO: Com os avanços advindos das lutas pela implementação do Sistema Único de Saúde (SUS). A reforma psiquiátrica avança na perspectiva do cuidado em saúde mental a partir da lógica de cuidado da atenção psicossocial de base territorial por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). OBJETIVO: Identificar quais as principais demandas emergentes que levam as famílias ao CAPS Infanto Juvenil, quais as principais instituições que tem encaminhado esses usuários, faixa etária predominante e conduta adotada pela equipe. METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo descritivo de caráter qualitativo e transversal, a partir da leitura dos prontuários ativos no ano de 2017 do CAPS IJ micro região 2 (noroeste e sudoeste). Resultados e Discussão: De acordo com a análise dos resultados, a faixa etária dos 0 aos 11 anos representa 47,5% dos usuários, enquanto 52,5% dos usuários adolescentes na faixa etária de 12 a 18 anos. Quanto à demanda emergente que culminou no acolhimento e consequente acompanhamento desse usuário, destaca-se: a agressividade (36,3%), agitação e irritabilidade (32,3%), comportamento depressivo (30,5%) e comportamento ansioso (21,5%). Os trabalhadores de saúde mental realizam a constante reconstrução do seu trabalho a fim de intervir de maneira adequada de acordo com cada demanda. Nesse sentido, segue na Gráfico 4 as condutas adotadas pelos profissionais no CAPS IJ. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Reconhecendo a complexidade dos múltiplos fatores que causam sofrimento psíquico na infância e juventude, o trabalhador de saúde mental deve intervir nas diversas esferas da vida do usuário para garantir uma abordagem integral e possibilidades de mudanças efetivas e condizentes com sua realidade. Nesse sentido, cabe destacar que, constantemente, precisamos resistir às simplificações e adoção de “fórmulas mágicas” onde, frente à singularidade de cada sujeito, é imprescindível transformar nossa prática em algo dinâmico e, por vezes lúdico, a fim de estimular uma vida mais saudável.

PALAVRAS-CHAVE:Enfermagem, Centros de Atenção Psicossocial ,Infância e Juventude

 

¹Assistente Social Residente em Saúde Mental, Escola de Saúde Pública do RS.

² Psicóloga Residente em Saúde Mental, Escola de Saúde Pública do RS.

³ Enfermeira preceptora de campo, CAPS IJ.