Eventos ULBRA, III JORNADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE

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CAMINHOS DA SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Vanessa Ruffatto Gregoviski, Rafael Wolski de Oliveira, Andréia Aparecida Sates de Lima, Jéssika Ferreira de Lima

Última alteração: 12-11-2018

Resumo


INTRODUÇÃO: A saúde mental, por vezes, é tabu na atenção básica, encontrando-se poucos profissionais que se apropriam do tema. Segundo Correia, Barros e Colvero (2011), não existem homogeneidade de ações de saúde mental na Atenção Primária em Saúde (APS), ficando à mercê de desejos pessoais, necessitando investimentos que potencializem e qualifiquem o trabalho. OBJETIVO: Relatar caminhos trilhados pelas residentes do Programa de Residência Integrada Multiprofissional (RIMS) em Saúde Mental da UNISINOS nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) em um município da região metropolitana. Metodologia: Essa escrita se configura como um relato de experiência das práticas que vivenciamos no decorrer de dois anos enquanto residentes nesses cenários. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O primeiro ano de residência aconteceu na modalidade de matriciamento. Posteriormente, tornou-se cenário de prática presencial. Diversas ações puderam ser desenvolvidas pelas residentes que, no deslocamento dos espaços tradicionais de saúde mental, descobriram inúmeras potências, contribuindo inclusive na formação dos profissionais com quem partilharam seus espaços de prática nas ESFs. Trabalhou-se nos territórios meios de propiciar acesso e promoção à saúde daqueles sujeitos que não estavam vinculados à ESF. A articulação intersetorial potencializou o diálogo entre Assistência Social, Educação, ONGs e Associações de Bairros. Com essa perspectiva que se inseriu nas equipes, foi possível refletir sobre processos de trabalho construindo ações de fortalecimento de vínculos entre os próprios membros da equipe. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ser residente em saúde mental em uma ESF, mais que desafiador, tem sido impulsionador para uma saúde mental voltada aos sujeitos e no território. Promove-se saúde a partir da participação social, discussões coletivas, ampliando os pré-conceitos sobre a própria saúde mental e olhando mais para quem somos. O acesso, sua manutenção e as determinações do processo saúde-doença estão no território, visíveis e sem máscaras que nos impeça de ver o que acontece no cotidiano daqueles que buscam o SUS.

 

PALAVRAS-CHAVES: Residência Integrada Multiprofissional, Estratégias de Saúde da Família,Saúde mental.

¹ Psicóloga e Residente em Saúde Mental (UNISINOS)

²Psicólogo e Doutorando em Psicologia Social e Institucional pela UFRGS, Docente do curso de graduação em psicologia da UNISINOS e da Residência Multiprofissional em Saúde Mental

³Assistente Social especialista em Saúde Mental e Residente em Atenção Básica (UNISINOS)