Eventos ULBRA, VIII Salão de Extensão (Canoas)

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UNIVERSIDADE NA ESCOLA: UM RELATO DE INTERVENÇÃO NA EDUCAÇÃO
Mara Cristiane von Mühlen, Maria de Lourdes de Oliveira Pereira, Paulo Ferreira, André Guirland Vieira

Última alteração: 29-08-2016

Resumo


RESUMO: INTRODUÇÃO: A indisciplina é um desafio dentro do contexto escolar (TEOBALDO, 2013)[1], o que abre um espaço de atuação para a Psicologia. OBJETIVO: Promover comportamentos assertivos. METODOLOGIA: Participaram do estudo 10 alunos, dos 4ºs e 5ºs anos, com idades entre 9 e 13 anos, com histórico de indisciplina. As oficinas, num total de sete, ocorreram de agosto a dezembro de 2015, com duração de 40 minutos. Utilizou-se a Técnica da Estátua e artes cênicas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O primeiro encontro se destinou à apresentação dos acadêmicos e dos alunos, e a escolha do personagem que gostariam de encenar.  No segundo encontro escolheram seus personagens: Cinderela, Bela Adormecida, Mulher Maravilha, Malévola, Julieta, Alice no País das Maravilhas, Morte, Homem Aranha, Goku e Flash. No terceiro encontro foi definido o tema da apresentação e bullying foi a temática escolhida, sobre a qual mostraram conhecimento, revelando situações experienciadas:  “quando acontece o bullying, tanto quem faz como quem é vítima sofre como que está acontecendo”.  A literatura aponta que o crianças e adolescentes que sofrem bullying podem repetir o comportamento (SANTOS; KIENEN, 2014)[2], o que é reforçado pela fala de F (13 anos) “eu já fiz isso, mas é porque já fizeram comigo também”. Os alunos mostraram–se afetivos com os acadêmicos; no entanto, nas divergências entre os participantes, procuravam resolver as questões mediante comportamentos agressivos. O quarto, quinto e sexto encontro se destinaram ao ensaio da peça teatral, nos quais foi utilizada a Técnica da Estátua. Dentro do tema escolhido, o aluno que personificava o agredido colocava-se no centro do grupo e o agressor em posição de agressão. E assim ficavam imóveis. Os alunos se colocavam em posição de proteção ao agredido, sem agredir o agressor. No sétimo e último encontro, os alunos apresentaram à escola a peça intitulada “a força que há em mim”. A aceitação do trabalho por parte da escola foi positiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mesmo diante da forma de se tratarem entre si, quando surgiam divergências, o que exigia constante mediação de conflitos, em relação aos acadêmicos as falas eram educadas e o comportamento afetivo. Houve um cuidado para não se reforçar os aspectos negativos dos comportamentos, e sim seus aspectos positivos. Sugere-se a realização de mais trabalhos desta natureza.

 


[1] TEOBALDO, I. Implicações da Indisciplina Escolar para o processo de ensino-aprendizagem. Brasília –DF, Universidade de Brasília/ Faculdade de Educação (Trabalho Final de Curso), 2013.

[2] SANTOS, M. M.; KIENEN, N. Características do bullying na percepção de alunos e professores de uma escola de ensino fundamental. Temas em Psicologia, v. 22, n. 1, p.161-178, 2014.


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